Webeleton 2.0

Essa história de Twestival me deixou confuso. Eu imaginei que era, sei lá, um festival de música com 140 caracteres (Ramones e Misfits). Daí o Barone me explicou que a coisa era uma espécie de Teleton – o qual ele, de forma brilhante, chamou de Webeleton 2.0 –  e que a coisa gira em torno da filantropia.

Eu sei, é sacanagem fazer piada com a grana que vai ser doada para quem precisa [/bicha]. Mas ao mesmo tempo eu não posso deixar de imaginar crianças contando histórias edificantes sobre suas vidas desgraçadas na web, necessitadas de uma força, um adsense alheio, um link no Interney ou coisa do tipo.

Vê só, chega o moleque, meio ranhentinho, camiseta do ICQ na Campus Party de 1998 e começa a história toda.

“Sabe moço, eu tinha um blog, ele era monetizado. Daí um dia eu fui empinar adsenses e encostei a rabiola do meu adsense em um fio e me fodi. Tomei um choque, fiquei zureta e agora eu sou usado como estabilizador em algumas firmas. É muito triste, eu tinha tudo para ser o novo Cardoso”.

A Hebe começa a chorar e distribuir selinhos na Twitosfera, Blogosfera, Ionosfera.

Aí vem uma menina, cara de mini-junkie, de quem encheu a veia de bala Sete Belo:

“Meu pai abriu uma conta pro para mim no Flickr. No começo eram fotos de pombinhas, pirulitos e coisas assim. Depois de um tempo, meu pai continou com fotos de pombinhas e de pirulitos, até que um dia a polícia levou ele embora. Tempos depois, eu pintei meu cabelo de roxo, virei VJ de um canal de música e tal. Mas nunca tive sucesso, igual a Marimoon. Me contrata Silvio?”.

Daí o Gugu começa a chorar.

Ou então chega um moleque filho de uma puta, com nome de imperador:

“Sabe Silvio, eu era cortador de bambu. Um dia, eu tava cortando, aquele trabalho de sempre para as crianças que não monetizaram seu blog, e de repente eu vejo que um dos bambus sumiu. Fica ae de quatro pra eu ver se consigo achar?”.

Webeleton 2.0. Blogueiros unidos em prol da fama.

Um pensamento sobre “Webeleton 2.0

  1. Vc me mata de rir! hahahahahahahah
    O Barone acabou de dizer “se ele publicasse um livro com os melhores posts dele, venderia FÁÁÁÁCIL”.
    TÔ COM ELE E NÃO ABRO!

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