Vida. História. Amor.

Não foi a derrota mais dolorosa do Corinthians. Aquela para o Palmeiras, em 2000, foi e sempre será mil vezes pior. Mas foi derrota. Amarga, triste e com sabor de vitória. Sabor e placar. Nós, da faixa dos 27 anos, acostumamos com dois momentos: os títulos minguados que pareciam nos fazer torcer mais e o boom de Brasileiros que nos colocou ali no topo, juntos com times que nem chegaram a ganhar e mesmo assim contam como título e brigam por bolinhas.

E acostumamos a sofrer. Como ontem na bola na trave do Ronaldo, na falta aos 46 do Chicão. Quando saiu o gol do Love, a primeira coisa que eu disse para um flamenguista que assistia comigo foi: “é foda, aos 4 minutos. Tenho mais 41 para morrer um pouco”. Já para um amigo corinthiano foram palavras de empenho: “é bom esses filhos da puta marcarem agora, assim pressionamos e metemos gol nessa porra”.

A cada minuto eu acreditava mais, sonhava mais, imaginava o jogo no Chile, depois um brasileiro e por fim a grande final, aquela que nos levaria a Abu Dhabi, Dubai, Muzambinho, Osasco, a puta que o pariu onde é jogado o mundial de clubes. Não deu, mas uso aqui as palavras de um anúncio de hoje da Nike para dizer que nós voltaremos. E se perder de novo, iremos mais uma vez. Porque só perde quem joga, quem acredita.

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